Infelizmente, muitas pessoas aceitam viver uma vida monótona. Acordam todos os dias e seguem a mesma rotina. vivem por viver sem sentirem a intensidade do ar batendo em sua face mesquinha e maquiada com o desprezo e o sentimento de incapacidade de seguir em frente.
Um dia nos deparamos com o discernimento de nossas habilidades, queremos mais; buscamos por mais e recriamos inúmeros sonhos que queimam em nosso peito como um fogo recém aceso que nos faz ouvir o crepitar das chamas transformando em brasa as folhas secas. Entretanto, a corrida traz consigo o desânimo; uma luta incoerente entre querer e a dor de cada passada. Somos ligados a dois fios coloridos que, por vezes, modificam-se em dúvidas tolas e colossais.
A dor nos enche de desesperança ao passo que nossa mente vislumbra um brilho incessante de um paraíso de estrelas cadentes e, novamente, corremos em busca de um sonho que até então, havíamos desistido. Incompletos. Repetimos todos os dias cada teoria inacabada de uma mentalidade obscura. Nunca estamos satisfeitos com nada, tudo é um complemento simples; anulamos as ideias subjetivas por uma realidade funesta; desprendemos de nossos dogmas e nos acorrentamos em circunstâncias futuras e sem nexo. Aceleramos o sofrimento e nos sentimos fadados ao leviano.
Cada partida é um movimento confuso e necessário para aprendermos uma nova história. A vida é inconstante e traz uma fonte insaciável de coisas improváveis e absurdas. Somos uma teoria impossível de ser analisada com clareza; a humanidade será um eterno objeto de estudo da experimentação da sociologia e da filosofia e haverá incertezas que estarão enchendo de perguntas às cabeças de dezenas de estudiosos. Não ache que irá entender as pessoas se até hoje ninguém conseguiu. Existem muitas respostas pela metade e muitas perguntas sem respostas. A única certeza que temos é que sempre haverá duvidas e não importa o quão soe estranho.
Somos uma crônica descritiva faltando detalhes que um dia alguém irá acordar e se dar conta para escrever. Seremos uma pauta no meio de tantas palavras e no final nada será esclarecido. E, assim levamos os passos diários; correndo, andando, parando e, de vez em quando, abraçados nos próprios joelhos tentando voltar em lugares que não podemos mais. Não tente entender cada minúcia exposta em letras reluzentes ou em ambientes instáveis. Às vezes, só precisamos sentar e olhar para o horizonte e aprender a admirar a simplicidade do tempo e da natureza.